quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Artigio Necessidades Especiais

Necessidades Especias e a Educação Inclusiva


A educação consiste em um trabalho que visa desenvolver as oportunidades para que cada um venha a ser uma pessoa em toda a sua plenitude, apoiando-se nos recursos da pessoa, mediante a consideração de suas necessidades e fraquezas, suas forças e esperanças; o principio está na capacidade de crescimento do ser humano, que é ilimitada.

Indivíduos com necessidades especiais, são aqueles que, por alguma espécie de limitação requerem certas modificações ou adaptações no programa educacional, afim de que possam atingir seu potencial máximo.

Essas limitações podem decorrer de problemas visuais, auditivos, mentais ou motores bem como de condições ambientais desfavoráveis.

Neste texto irei abordar a educação especial e inclusiva nas escolas especiais e ou regulares o conceito de necessidade especial diante deste contexto, discutindo a visão de Piaget e Vigoski dentro do conceito de educação.

Para Regan (2007) atualmente o código de Prática (2001) das NEEs considera quatro linhas principais de necessidades educacionais especiais como a comunicação e interação, a cognição e aprendizagem, o desenvolvimento comportamental, emocional e social e o desenvolvimento sensorial ou físico.

A criança que tem necessidade educacional especial apresenta uma dificuldade de aprendizagem que deve ser acompanhada com pessoas capacitadas pára tal e ter o devido tratamento adequado que acompanhe o seu desenvolvimento tendo o mero respeito de quem o trata.

A necessidade especial nem sempre pode afetar o seu estado cognitivo, comportamental, emocional ou físico, cada caso é um caso.

Segundo Regan (2007) no código de Prática (2001) cada criança é singular e muitas vezes, diversos estilos de aprendizagem estão envolvidos, existem diversos tipos de necessidades especiais como alguns já citados acima e além desses ainda temos transtornos de déficit de atenção hiperatividades, transtornos de conduta, transtorno do espectro autista, necessidades relacionadas com a fala, a linguagem, a comunicação e as dificuldades físicas.

Existem também as limitações visuais, auditivas, multissensoriais, crianças lábeis superdotadas e talentosas e as dificuldades de aprendizagem consideradas severas, moderadas, profundas e múltiplas.

Para Pampola (2002) dificuldades de aprendizagem é um termo geral que se refere a um grupo heterogêneo de transtornos que se manifestam por dificuldades significativas na aquisição e uso da escuta, fala leitura, escrita, raciocínio ou habilidades matemáticas.

Conforme Piaget as crianças são construtoras do próprio conhecimento, quando portadoras de deficiência essa construção, portanto, pode ser limitada pela restrição interação das mesmas com o seu ambiente.

Pois é necessária uma escola especializada para trabalhar com esses alunos de acordo com as suas necessidades; pessoas capacitadas para o desenvolvimento de um possível aprendizado.

Sendo que cada individuo portador de necessidade especial, não se pode duvidar de sua capacidade, dependendo da necessidade muitos são capazes, as vezes o que estava omisso em seu próprio pensamento pode ganhar um caminho de revelação.

Entretanto também defendo a este aluno de freqüentar a escola regular, ter o convívio com outras crianças é de suma importância para o seu relacionamento.

É possível para uma criança que tenha deficiência não ser capaz de aprender a ler, escrever e a contar tão bem quanto as outra criança, mas, é muito importante que ela vá a escola pelas razões que irá fazer amizade e dar-lhe o sentimento de fazer parte de um grupo, ensina aceitar regras e assumir responsabilidades, a se tornar um adulto independente a conviver e comportar-se em sociedade e a trabalhar com os outros.

Tanto na escola regular como na escola especial ambas deve ter como objetivo maior a possibilidade do desenvolvimento global e harmônico da criança, trabalhando suas dificuldades, reconhecendo e incentivando suas tendências de forma que ela encontre-se naturalmente feliz relacione-se bem em seus ambientes, sentindo-se útil e aceita, conforme a lei de convenção sobre os direitos das pessoas com deficiência aprovado pela ONU em 2006.

Para isso deve-se promover conhecimento e hábitos para um melhor convívio social adequação de comportamentos, maturidade social, independência nas atividades básicas da vida diária e iniciação nas atividades profissionais.

Deve-se trabalhar constantemente os aspectos de relacionamento e socialização promovendo confiança, auto conceito e auto estima positiva.

Os aspectos cognitivos devem ser organizados em atividades diversificadas explorando muito a situação de comunicação e linguagem, noções de espaço, tempo, limite, esquema corporal e lateralidade, fixação dos conceitos básicos matemáticos, noções do social festividade, folclore e aprendizado do meio ambiente onde vive.

Deverá promover estímulos aos aspectos motores desenvolvendo-as através de atividades que promovam habilidades motoras leves e amplas, equilíbrio, percepção e espaço temporal e coordenação dinâmica global devendo ser dirigidas de forma que a criança envolva todos os sentidos possíveis.

Conforme destacou Vygostky (1987) é sumamente relevante para o desenvolvimento humano o processo de apropriação, por parte do indivíduo, das experiências presentes em uma cultura; o mesmo enfatiza também a importância da ação, da linguagem e dos processos interativos na construção das estruturas mentais superiores.

Entretanto as limitações do indivíduo com deficiência tendem a tornar-se uma barreira a este aprendizado; desenvolver recursos pedagógicos é fundamental para o aprendizado deles.

Ainda neste contexto a criança com necessidades especiais portadoras de deficiência física, destaca-se a paralisia cerebral. Se a parte do cérebro que controla o movimento sofrer uma

lesão ou não se desenvolver adequadamente, a criança pode nascer com paralisia cerebral, se ela ocorrer até os três anos de idade, a partir daí é considerada lesão cerebral.

Para Regan (2007), hoje parece inexistir uma causa única para a paralisia, mas pesquisas médicas indicam que lesões no feto em desenvolvimento causado por infecção viral, certas drogas, desnutrição, ou prematuridade podem ser fatores importantes.

Em Salvador o Centro de Reabilitação e prevenção de deficiência (CRPD) que pertence as Obras Sociais Irmã Dulce possui um atendimento especializado para este tipo de paciente com necessidades especiais diversas, fornecendo orientação pedagógica e outras especialidades necessárias para os portadores de necessidades especiais.

Prestando assistência as pessoas pobres que procuram o local para tratamento temporário e acolhe os deficientes físicos e mentais abandonados nas ruas, que se tornam moradores.

Um destaque muito relevante para este trabalho reconhecido mundialmente é o Programa de informática na Educação Especial no Centro de Reabilitação e Prevenção de Deficiências (CRPD) o (Infoesp) é um exemplo de como a tecnologia pode se tornar um importante aliado na política de saúde pública.

Primeiro no gênero na Bahia, o programa ampliou e melhorou o atendimento aos portadores de deficiências, principalmente a partir de março de 1995, quando as Obras Sociais Irmã Dulce implantaram um novo laboratório de informática.

Seis anos mais tarde, todos os equipamentos foram substituídos pelo que existe de mais moderno no setor; 13 computadores, web cam, imnpressoras, scanner, máquina fotográfica digital e novos softwares.

“Atualmente o centro atende 120 alunos com necessidades educacionais especiais (portadores de deficiências física ou mental). Todos os alunos tem três horas de aulas semanais e constroem os seus conhecimentos através de programas especiais.”

Para uma melhor adaptação os técnicos das Obras Sociais Irmã Dulce fizeram algumas alterações nos computadores, como adaptações de hardware ou o desenvolvimento de softwers especiais de acessibilidade.

Para Teófilo Galvão coordenador do programa, com as adaptações facilitou-se o acesso á informática para todos os portadores de deficiência que estão internados na instituição.

Da mesma forma os portadores de deficiência que freqüentam o laboratório de informática também fazem uso de diversas adaptações, conhecidas como tecnologias assistiva em função da necessidade específica de cada um como a máscara de teclado (colméia), estabilizador de punho, simuladores de teclado, simulador de mouse, entre outros.

A tecnologia assistiva é o termo usado para os recursos alternativos utilizados na área da informática auxiliando o usuário a ter uma melhor autonomia de vida.

As linhas específicas desenvolvidas pelo centro envolve a relação entre o vínculo afetivo e a aprendizagem em indivíduos portadores de deficiência; “o trabalho demonstra que os portadores de deficiência dentro das suas limitações conseguem uma interação com a sociedade, desde que sejam estimulados neste sentido.”

Com o incentivo as potencialidades de cada um, como exemplo de êxito do programa (Infoesp) e metodologias de atendimentos utilizados no (CRPD) a história de um dos moradores mais graves deste centro que obteve uma melhora extraordinária.

Com sério comprometimento de movimentos e voz, além de coordenação motora deficiente, ele usou um programa de acessibilidade que permita comunicação com a máquina através do sopro.

Aos poucos conseguiu interagir e recentemente fez o primeiro desenho da vida dele, no computador.

Com um teclado virtual, obteve melhoras que hoje o permitem falar bem mais alto.

Outros processos pedagógicos e instrumentos técnicos continuam sendo pesquisados pela equipe técnica do (CRPD), com o objetivo de aprimorar o atendimento aos portadores de necessidades especiais e também de repassar as experiências implementadas para outras instituições similares.

Sendo assim é de extrema relevância este tema, para ser ampliado com mais informações e referências importantes para o conhecimento do psicopedagogo em ínicio de carreira, usando o mesmo para o TCC, e tendo uma contribuição significativa nesta disciplina.





REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

MEC/SEESP. Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva.

O´REGAN, Fintan Sobrevivendo e vencendo com necessidades educacionais especiais: tradução Ronaldo Cataldo Costa. Porto Alegre: editora: Artmed, 2007.

PAMPLONA, Morais A. M. Disturbio de aprendizagem: uma abordagem psicopedagógica. 8ª ed. rev. e amp. São Paulo Edicom 2002

REVISTA OSID, Balanço Social, nº 02 ANO 2002

SCHASAUD, Jaques As psicoterapias da criança; Tradução de Suzana Costa Ribeiro;
Editora Zahar, Rio de Janeiro, 1977.

VYGOTSKY, L. A formação social da mente SP, Martins Fontes, 1987.

Websites referenciados
Programa InfoEsp/OSID –
www.infoesp.net
www.geocites.com/oribes/defimental
www.tecnologiaassistiva.com.br



Nenhum comentário:

Postar um comentário